Alimentação e Covid-19

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A Direção-Geral da Saúde (DGS) lançou um manual de orientações na área da alimentação para profissionais de saúde e para a população em geral. O trabalho foi elaborado pela equipa do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS).

A lavagem das mãos, as medidas de etiqueta respiratória e de distanciamento social serão sempre as medidas mais importantes para prevenir a propagação da doença pelo coronavírus (Covid-19).

Contudo, sabemos que um estado nutricional e de hidratação adequados contribuem, de um modo geral, para um sistema imunitário optimizado e para uma melhor recuperação dos indivíduos em situação de doença.

Não, a alimentação não irá prevenir o contágio de agentes infeciosos como as bactérias e vírus.

Não, a suplementação com vitaminas isoladas, como a vitamina C ou com multivitamínicos, não irá preveniruma gripe sazonal, infeção bacteriana ou o SARS-CoV-2, também conhecido como Coronavírus ou COVID-19.

No entanto, a alimentação, quando feita de forma correta e equilibrada, pode ajudar no combate de infeções ao contribuir para o bom funcionamento do sistema imunitário e, consequentemente, minimizar os sintomas, aumentando assim as hipóteses de remissão da doença causados por agentes infeciosos. Mas a alimentação não é o único fator que pode melhorar o quadro clínico. Falaremos mais à frente sobre este tema.

Por outro lado, sabemos que o isolamento preventivo (profilático), pode contribuir para alterações no comportamento de compra e de consumo de alimentos. Por exemplo, a compra menos frequente e a necessidade de organizar de forma diferente a ida ao supermercado.

Apesar de à data, não existir uma relação entre o consumo de determinados alimentos ou suplementos e o reforço do sistema imunitário, sabemos que à semelhança de outras funções fisiológicas do organismo, para garantir o normal funcionamento do sistema imunitário, é necessária uma alimentação equilibrada com a presença de diferentes nutrientes, desde logo os fornecedores de energia (hidratos de carbono, proteínas e lípidos) e vitaminas e minerais (como as vitaminas A, B6, B9, B12, C e D e o cobre, ferro, selénio, zinco) e água. Nutrientes que se conseguem encontrar quando se seguem as recomendações da Roda dos Alimentos.

Recomendações específicas que contribuem para o bom funcionamento do sistema imunitário, quando feitas de forma regular:

  • Prática de exercício físico;
  • Dormir, pelo menos, 7h diárias (preferencialmente 8h) e manter um ritmo circadiano regular (mesmas horas de deitar e de acordar);
  • Se é obeso/a, opte por uma restrição calórica adequada para si, de forma a perder peso;

  • Se estiver abaixo do peso ideal, opte por um ligeiro incremento calórico derivado de alimentos não processados, optando, preferencialmente, por:
    1. Fontes proteicas baixas ou moderadas em gordura (carnes brancas, peixes gordos, queijo fresco, ovos, manteiga de amendoim sem qualquer adição de óleos, açúcar ou sal)
    2. Fontes de gordura mono e polinsaturadas (azeite, frutos secos, abacate, peixes gordos, sementes, iogurtes com baixo teor de açúcar)
    3. Hidratos de carbono complexos (aveia, arroz, massa, quinoa, batatas, feijão);

  • Aumentar o consumo de frutas e vegetais com elevador teor antioxidante (amoras, framboesas, mirtilos, laranjas, couve, espinafres);
  • Consumir, pelo menos, 20g de fibra diária (presentes em vegetais e hidratos de carbono complexos);
  • Beber entre 1,5 a 2L de água por dia.

Para mais informações ou para agendar a sua consulta da especialidade de nutrição clínica entre em contacto connosco clicando neste link. Deverá preencher o formulário com informação de contacto correcta para que o/a consigamos contactar.