De forma muito sucinta, situações de stress fazem com que as glândulas supra-renais libertem epinefrina (também conhecida como adrenalina) para a corrente sanguínea, o que provoca um aumento da frequência cardíaca, da oxigenação, do fluxo sanguíneo ao nível dos músculos e órgãos e dos níveis de transpiração. A verdade é que o corpo humano é tão perfeito, que estas alterações, que passam na sua maioria despercebidas, nos deixam prontos a reagir a imprevistos, o chamado estado de “luta ou fuga”.
Dias mais agitados não constituem por si só um problema. O stress tem duas faces: por um lado o incentivo à acção com vista à resolução de situações pendentes ou simplesmente o estímulo necessário para nos manter alerta, que é positivo. O stress torna-se em algo negativo quando faz parte do dia a dia e porque, na maior parte dos casos, os seus efeitos só são notados numa fase avançada. Para agravar, muitos destes sintomas são toleráveis ou aceites pelo indivíduo como normais, sobretudo numa fase inicial.
“Não é o stress que nos mata, é a nossa reacção ao stress”
Dr. Hans Selye (1907-1982)
Efeitos secundários do stress
O stress afecta o corpo, o raciocínio e o comportamento. Reconhecer o impacto negativo do stress é fundamental e o primeiro passo deverá passar por gerir a sua rotina e aprender a abrandar. Hipertensão arterial, doenças cardíacas, obesidade e diabetes são apenas algumas das doenças que podem ter origem num estilo de vida agitado. Esteja atento a alterações no seu corpo. Na lista abaixo poderá conhecer alguns dos sinais de alerta:
Sintomas físicos:
- Dor de cabeça
- Tensão na região cervical e ombros
- Opressão torácica
- Cansaço
- Falta de líbido
- Distúrbios digestivos
- Insónia
Sintomas emocionais:
- Anxiety
- Agitação mental (pode ou não afectar o sono)
- Falta de motivação ou concentração
- Irritabilidade ou raiva
- Tristeza ou depressão
Sintomas comportamentais:
- Alterações de apetite
- Acessos de raiva
- Abuso de drogas ou álcool
- Uso do tabaco
- Retraimento social
- Ausência ou falta de actividade física
Gerir o stress
Tão importante como reconhecer os sintomas, é dar prioridade a rotinas de gestão de stress.
Socializar com amigos e família, praticar ioga e exercícios de respiração, caminhar ou praticar desportos em geral são exemplos de actividades que podem minimizar os sintomas. Favoreça os anteriores em detrimento de formas inactivas de gestão de stress tais como ver televisão, navegar na Internet ou jogar videojogos – podem parecer relaxantes, mas a longo prazo muito menos eficazes.
De frisar que deve tentar dormir o suficiente e optar por uma dieta saudável e equilibrada. Sem esquecer também que deve evitar o consumo de estimulantes à base de cafeína, álcool ou o uso de substâncias ilícitas.
Quando deve procurar ajuda?
Se os seus sintomas tendem a persistir, deve consultar o seu médico. O seu médico poderá querer verificar outras causas possíveis. Caso já tenha passado por essa etapa e os sintomas permaneçam inalterados, poderá explorar outras formas de gestão de stress na Clínica Sintra Saúde:
Acrescentamos ainda que caso sinta dor no peito, especialmente se esta ocorrer enquanto pratica actividade física ou se esta for acompanhada de falta de ar, transpiração excessiva, tonturas, náuseas ou dor que irradia pelo ombro e braço, deverá dirigir-se de imediato a um serviço de urgência pois estes podem ser sinais de alerta de um ataque cardíaco e não simplesmente sintomas de stress e ansiedade.
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